segunda-feira, 31 de agosto de 2009

involuntário

Esse nó, que alguns dias decide por apertar-se, apertando-me

sábado, 29 de agosto de 2009


We don't even care, as restless as we are
We feel the pull in the land of a thousand guilts
And poured cement, lamented and assured
To the lights and towns below
Faster than the speed of sound
Faster than we thought we'd go, beneath the sound of hope
Justine never knew the rules
Hung down with the freaks and the ghouls
No apologies ever need be made
I know you better than you fake it, to see
The street heats the urgency of now
As you can see there's no one around
( 1979 - Smashing Pumpkins )

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

reduzid.

Escutando tanto cazuza, tocando tanto pink floyd, ensaiando tanto nirvana, apreciando tanto chico, comendo tanta bolacha com mil condimentos, fumando tanto marlboro light sem companhia, falando igual travesti com qualquer um, discutindo economia sozinha, reclamando da breguice da tevê, querendo transcender tanto, esperando tanto (de coisas tão pequenas), relembrando pouco de momentos tão grandiosos, relendo tantos contos e poesias, mas.Tudo reduzido, sem essa amizade compassada, que deixamos nossas almas abraçarem

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Denovo, eu vou é ouvindo um rock,
Lendo ZH e Caio.
Admirando a feiúra dos dias,
E esperando a minha garota mais inventada

Recebo uma mensagem, ela virá
Dou umas voltas, me perco por suas pernas,
Me encontro na fumaça, e desapareço nela

Um pouco daquele veneno, não é o que eu quero,
Dá-me tua boca, nesse dia tão aburrido

Mas não me deixes, com sangue no corpo
Cravando mentiras, mordendo ilusões

Comendo picles eu vejo tevê
Pensei: Deitei-me com Morrison, levantei parecendo-me o Morrissey
Mas nessa vida eu vou ouvindo um blues e lendo os russos

Te perco em meus braços, encontro-te depois do pescoço
Fecho as janelas
Sinto teus lábios, queimando os meus
Ouço um rock, esqueço a dor , mas, mordo afetos, cravo incertezas, e sangro também

domingo, 16 de agosto de 2009

Na ilha por vezes habitada (José Saramago)

Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entraem nós uma grande serenidade,
e dizem-se aspalavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, avontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres,
com a paz e o sorriso de quem se reconhece e viajou à roda domundo infatigável,
porque mordeu a alma até aos ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida. Isso nos baste.